Questionamentos

Por muito tempo estudei tudo o que pude. Pensei em saber sempre mais de tudo. Chegou um dia em que isso começou a pesar na minha mente. Vieram perguntas: pra que serve isso? onde vou usar esse conhecimento? por que quero saber disso?
Foi o momento em que resolvi selecionar o que lia, o que aprendia, o que escutava.
Selecionei livros, amigos, caminhos...
Hoje sei por onde vou, o que entra em meus ouvidos e em minha mente, mas ainda não sei com quem ando.
Conhecer pessoas é um grande mistério. Nunca se sabe quem elas são, ou no que se tornarão. Cada pessoa é única, é ímpar, é especial no seu ser. A cada momento ela sofre mudanças. Nada é para sempre, nada é eterno, nada é imutável.
Acompanhar o crescimento de uma pessoa é algo muito difícil. Aprender sobre o crescimento de um ser é algo incrível, misterioso, curioso...
Escolher caminhos, mudá-los. A cada mudança que me proponho, transformo tudo ao meu redor. Escolhendo conhecimento, conhecendo pessoas, sempre haverá o questionamento: é isso mesmo o que eu quero?

Compromisso

Penso muito nas minhas responsabilidades. Quase sempre tenho medo em assumir novos compromissos. Doar-se em trabalhos voluntários é um grande compromisso. Poderia pensar que posso largar tudo a qualquer momento... Mas não é bem assim. Se largo um, vem um maior!
O problema aparece quando começo a pensar nas conseqüências de assumir uma nova atividade.
Ter tempo para gastar, oferecer novas idéias aos jovens, ter força para mudar as idéias dos velhos, ouvir tolices e chingamentos, trabalhar duro pra não ver resultados, ser amada e odiada ao mesmo tempo...
Ver as pessoas com novas expectativas, fazer o sistema funcionar, experimentar a fraternidade, sentir a vibração de quem entende do assunto, doar-me sem esperar recompensas...
De que forma posso assumir compromissos sem me destruir? Sem que minha vida se torne uma confusão ou um "deixa pra lá"? Sem que as pessoas envolvidas se sintam convidadas a invadir minha vida pessoal?
Aceitando, devo seguir até o fim. É um caminho longo, nem sempre rodeado de flores. Nem sempre com espinhos.
Compromissos fazem parte da vida de todos. Eles estão batendo na minha porta a todo momento. A escolha entre abrir ou não, é minha.

Esperar

Se hoje eu espero, penso que talvez seja você quem está esperando.
O tempo conta essa demora.
Enquanto isso, meu crescimento vai aumentando. Um equilíbrio necessário vai se fazendo real.
Tudo depende de quem olha. Do ponto de vista de quem está pensando.
Se me perguntar quanto tempo ainda posso esperar, ou te deixarei esperando, vou pensar...
Quem sabe possa encontrar, despreparada?
Não, isso não. É melhor esperar.
Nada pode ser tão definitivo, tão verdadeiro.
Sempre há o que mudar. O que encobrir. O que descobrir.
Mas, há o que esperar?
Talvez...
Estarei esperando e sendo esperada.
Então, uma espera perfeita, verdadeira. Um momento perfeito. O desfecho do encontro.
O encontro do meu tempo com o seu tempo.
Equilíbrio perfeito, mas nem por isso definitivo...

Repartindo contigo...

Não tenho o costume de repartir o que escrevo, o que faço... mas ultimamente tenho treinado...
Alguns conhecidos não acreditam quando digo-lhes que escrevo...
Alguns amigos ficam surpresos...

Na verdade, qualquer um pode escrever o que pensa, o que sente, o que faz, o que vê...
por enquanto, não vou repartir com os amigos o que vou escrever aqui, vou deixar para algum curioso que encontrar, ler e deixar um recado.

Estarei aqui seguido, repartindo contigo...