Eu gosto de eleições, desde o momento da escolha dos
candidatos até a festa da vitória, não me interessa o partido, mas sim o
processo eleitoral em si. Parece que as pessoas desconhecem o valor que tem uma
eleição. Fico triste quando ouço alguém falar que não gosta de votar ou que o
voto não deveria ser obrigatório nem secreto... É tão bom viver num país
democrático! Não totalmente, mas melhor do que regimes extremamente
ditatoriais...
A obrigatoriedade, o voto secreto, o voto feminino, o
voto das pessoas analfabetas, são conquistas alcançadas ao longo da História do
Brasil. Por isso, todo o processo eleitoral deve ser valorizado! Você não esta
perdendo seu tempo ao votar, pode acreditar! Pesquisei e retirei da internet
trechos de textos, reuni em um pequeno texto, caso alguém venha a ter
curiosidade sobre o assunto... Lisély P. L. (06out12 )
RESUMO
DA HISTÓRIA DO VOTO:
O voto
secreto é o direito que a pessoa tem de votar, em eleições, em
segredo, sem que outras pessoas saibam em quem o eleitor votou a menos que ele
conte. É uma forma de evitar pressão sobre os eleitores, e também evitar a
coação.
No Brasil,
o voto secreto foi implantado, pela primeira vez, em alguns pleitos em 1925 e
1929. E foi institucionalizado, em 1932, pelo primeiro Código Eleitoral do Brasil. O voto secreto tem um valor
essencial para garantir que o voto expresse realmente a vontade do eleitor.
A votação secreta, também tem o objetivo de proibir a compra de votos,
garantindo democracia total. Quando o voto era aberto, o voto de seu “curral
eleitoral” era controlado pelos coronéis. Ninguém votava em candidato diferente
do coronel, pois, com certeza, sofreria algum tipo de represália. Isso ficou
conhecido como voto de cabresto.
Em 2012, o Brasil comemorou os 80 anos
do direito de voto feminino. As
mulheres passaram a ter o direito de voto assegurado em 1932, pelo Decreto nº
21.076, de 24/02/1932, o Código Eleitoral Brasileiro. Esta conquista, porém,
não foi gratuita. A luta pelos direitos políticos das mulheres começou ainda no
século XVIII.
Algumas restrições continuaram vigentes, o direito político
conquistado pelas mulheres não pôde ser exercido devido ao estado de exceção. Somente as mulheres casadas, viúvas e solteiras que tivessem
renda própria podiam votar. A partir de 1946, o voto feminino passou a ser
obrigatório. O voto dos analfabetos
só foi garantido em 1985, o que significa que, nesse primeiro momento, uma
parcela reduzida de mulheres participou dos processos eletivos.
Hoje,
no Brasil, democrático, o voto é um
direito, garantido sem discriminação de raça, grupo étnico, classe ou sexo.
No entanto, o direito de voto ainda não é universal. É restrito a pessoas que
atingem certa idade, mínima de 16 anos (facultativo) e 18 anos (obrigatório).
Somente cidadãos do país podem votar em suas eleições.